sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Geração de trabalho e renda desde o Brasil colonia

Durante a fase do Brasil colônia o principio latifundiário monocultorista, exigia mão de obra abundante, permanente e se possível barata. Como se mostrou inviável a utilização dos portugueses como assalariados, uma vez que a intenção dos mesmos no Brasil não era o trabalho, e sim enriquecerem no Brasil. O então incipiente sistema capitalista português não tinha recursos financeiros para bancar por mão de obra assalariada aos trabalhadores necessários ao cultivo, processamento e transporte do açúcar produzido em suas colônias principalmente o Brasil. Além do mais a população portuguesa se restringia a menos de 3 milhões de habitantes,sendo portanto considerada frágil economicamente, frente suas necessidades e atividades mercantis. Quem foi utilizado como trabalhador nos primórdios do colonialismo brasileiro? Inicialmente os portugueses pensaram em contar com o apoio dos jesuítas, em utilizar o índio (nativo) como mão de obra escrava, embora tenha sido um elemento importante para formação da colônia,os mesmos (índios) não se sujeitaram a serem escravizados dentro da terra que a eles pertencia, sendo logo sua mão de obra substituída pela dos negros,que assim se constituíram como a principal base, sobre a qual se desenvolveu a sociedade colonial brasileira. O negro como mão de obra cativa no Brasil. A utilização da mão-de-obra escrava negra como componente básico da economia colonial e imperial no Brasil até a abolição mais do que tardia de 1500 a 1888, deve-se principalmente ao tráfico negreiro, atividade de alta rentabilidade e institucionalizado pela coroa portuguesa, sendo assim uma das principais fontes de acumulação de riqueza para metrópole (Lisboa). Antagonicamente ao que ocorria com a escravidão indígena, os lucros com o comércio dos nativos jamais chegavam até a metrópole. Com a abolição da escravatura no Brasil, começou no país e chegada de levas e mais levas de emigrantes em sua maioria italiana, enganada por falsas promessas de enriquecimento e vida fácil, na verdade tornaram-se mão de obra escrava, porém branca, viviam em colônias dentro dos próprios latifúndios, que a eles tudo fornecia a peso de ouro, de ferramentas a gêneros alimentícios, vigiados dia e noite por jagunços ou capangas de acordo com a região em que estivessem. A eles logo se juntaram os japoneses em situação igual ou pior, sem mudanças dignas de nota. Este estado de coisas só veio a sofrer mudança com o fim do patrimonialismo republicano, e a promulgação da consolidação das leis do trabalho (CLT), a criação do ministério do trabalho, instituição do salário mínimo e dos institutos de previdência, bem como de sindicatos representativos de diversas categorias, tudo isso já no governo de Getulio Vargas,quando definitivamente os trabalhadores passaram a terem seus direitos assegurados e respeitados por leis regulamentadas,isso já nos anos de 1930,quando se inicia no Brasil a saída de um modelo agrário exportador,para um de lenta, porém consistente industrialização, deixando de ser o Brasil um pais de população eminentemente rural, para se transformar em urbano, com todas as implicações e demandas que o novo status pedia, em termos de saúde, educação, agendas salariais, formação de mão de obra para a indústria (que se resolveu com a criação do sistema S,capitaneados pelo SENAI e SESI). Hoje já em pleno século XXI, vivendo em um mundo globalizado e interligado seja pela comunicação e também pelas relações de trabalho e comerciais, as demandas são outras, busca-se o equilíbrio entre: trabalho, bem estar e qualidade de vida. O tempo é dinâmico, e todos os atores envolvidos nesta epopéia que é a vida, sabem que mais do que tudo, lutamos desde os tempos das cavernas, por um equilíbrio que nos garanta a sobrevivência e a perpetuação de nossa espécie, para isso tenho certeza somente com união, melhor distribuição de renda, equidade no fornecimento de saúde e educação, cuidado ambiental, somaremos forças para nos tornarmos mais humanos, racionais que somos. O mercado por sua vez requer especialização que por vezes não é oferecida pelo Estado, aos candidatos a uma vaga no mercado de trabalho, gerando com isso altos déficits empregatícios, o que traz consigo a baixa renda vinda a reboque do fantasma do desemprego ou o que é pior, o subemprego, que deixa vulnerável quem dele participa e onera os cofres públicos com a demanda por programas assistencialistas. Por isso as aberturas pelo governo de escolas técnicas federais são importantes ferramentas de aparelhamento do cidadão para enfrentar a concorrência a ser enfrentada ao se lançar na arena que é a busca por novos horizontes, por uma cidadania plena, de direitos e deveres, de forma universalizada.

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