domingo, 23 de outubro de 2011

Governabilidade_modelo Triângulo de Governo

Em primeiro lugar, a ideia trazida por Renato Peixoto (autor da apostila) é demonstrar uma nova metodologia para o tratamento do planejamento estratégico, diversa daquela do planejamento tradicional. A fim de nos colocar de forma mais didática, apresenta-nos a nova metodologia como uma "bússola", e nos aponta a Metodologia de Diagnósticos de Situações (MDS), como o método voltado a alterar a configuração atual de planejamento.

Diante dessas considerações, o autor apresenta a condicionantes da ação de governo, através de conceitos que nos esclareceram como se deve realizar a análise de governabilidade. Esta, por sua vez, deve ser entendida como ato de governar. Mas para isso há necessidade de se compreender a ferramenta do triângulo de governo.

O triângulo de governo veio possibilitar a análise por três vertentes interdependentes, quais sejam, o projeto de governo, o apoio político e, por fim, a capacidade de governo. Em primeiro lugar, encontramos o projeto de governo que se trata de um conjunto de objetivos que governantes possuem para implementar o seu governo. Voltando-se para outra vértice do triângulo encontramos o apoio político, que cuida do apoio necessário para a evolução de governo, em todas as esferas (população, partidária, outros). Por fim, a capacidade de governo, em que se analisa se os dirigentes são capazes, diante dos instrumentos existentes, para implementar o seu projeto.

Com os gráficos apresentados na apostila, desvendamos uma verdadeira geometria sobre a análise de governabilidade. E podemos considerar que o projeto de governo (sendo apontado como apto a desenvolver um bom trabalho no ambiente em que foi proposto) é o direcionamento do governante, que deverá manter uma capacidade de governo dos dirigentes (a fim de concretizar de forma eficaz o projeto de governo), para, ao final, manter ou não o apoio político necessário, por exemplo, manter a governabilidade para outros mandatos (embora com governantes diferentes, mas pertencentes aos mesmos ideiais partidários).

No que diz respeito ao exemplo sobre analise de governabilidade, encontramos muitos no ambiente municipal. Mas o exemplo emblemático é a própria natureza da reeleição dos nossos prefeitos. Sabido que boa parte dos nossos governantes são reprovados, nas urnas, pelos eleitores.

Embora os brasileiros tenham que amadurecer muito sobre a analise de um governo com verdadeira capacidade de governar, muito se vê a possibilidade de reeleição de Prefeitos, quando coloca em prática o seu projeto, e durante os quatros anos percebemos se foi ou não bem sucedido, com consequente aprovação nas urnas. Logicamente, que o apoio político, sobretudo quando existem pressões partidárias ou de "grandes interessados", haverá uma respectiva reprodução negativa ou positiva de governo.

Podemos identificar, ainda, a governabilidade em outros departamentos, quando há a descentralização de políticas públicas. Com efeito, o dirigente de determinado setor pode apresentar o seu projeto de governo (por exemplo o departamento habitação), tendo apoio político de diversos setores sociais, com a capacidade de governar e manter o projeto por vários anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário